A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) planejada para vigorar a partir de agosto deste ano é um grande desafio para todos os setores da economia. “O Brasil evoluiu nesse tema, mas ainda está em descompasso com outros países na sua aplicabilidade e entendimento de seus impactos. E é um pilar importante que delimitará e fundamentará transformações de negócios nos próximos anos no Brasil, com a constante “digitalização” das plataformas B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer)”, explica Frank Koji Migiyama, sócio da FKConsulting.Pro, consultoria especializada em Melhoria de Desempenho, Reestruturação, Recuperação Judicial, Governança Corporativa, M&A, Reestruturação tributária.
Segundo um levantamento feito pelo Serasan Experian, em 2019, com 508 pequenas, médias e grandes empresas, 85% delas não estavam preparadas para se adaptar à lei. O setor financeiro está mais à frente na adequação e responde por 31,8% em relação à adequação às novas regras, no varejo 17,9% das empresas estão em fase de implementação e de serviços 19,6% delas. “Estamos vivenciando um momento crítico com a pandemia do Corona vírus, mas podemos aproveitar o momento para acelerar a adequação das empresas no que tange à Lei. Toda empresa, seja ela pequena ou multinacional deverá ter um departamento ou processo inserido na sua gestão, focado em Compliance para uso e proteção de dados, o que já existe na Europa desde 2018”, comenta Frank Migiyama.
Escritórios especializados na transformação de negócios e no tema LGPD são os profissionais mais indicados para orientar, implementar essa adequação à Lei. “Há uma necessidade iminente dentro das corporações em relação ao gerenciamento, uso e o impacto de risco no manejo de dados. O primeiro passo é mapear que tipo de dados a empresa usa e como. Criar uma estrutura para o gerenciamento de tratamento desses dados. A empresa pode ter que prestar contas e responder para a autoridade competente por violações à lei. Estamos falando de gestão de risco de negócios que, quando bem desempenhada, resulta em vantagem competitiva e enrobustece a evolução contínua da governança corporativa “, finaliza Frank Migiyama.