Sob nova direção: Os próximos passos da Shefa após recuperação judicial e falência continuada

Segundo CEO interino, o foco após a falência continuada está em aumentar as receitas e atrair investidores que queiram assumir a operação (Foto: Divulgação)

Na última semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ -SP) decretou a falência da Agropecuária Tuiuti S/A, empresa de laticínios conhecida como Shefa, com fábrica localizada em Amparo (SP).

A sentença foi publicada cinco anos depois da empresa entrar com o pedido de recuperação judicial, acusando um endividamento de R$ 225,5 milhões.

No processo, o juiz Fernando Leonardi Campanella da 1ª Vara do Foro de Amparo (SP) autorizou a manutenção dos empregos de 300 trabalhadores da Shefa e impôs uma multa de R$ 300 mil para a empresa.

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Agro Times conversou com Frank Koji Migiyama, sócio da FKConsulting.PRO, que foi indicada para a gestão judicial e que tem atuado como CEO interino da Shefa e sua equipe na gestão empresarial e processual da empresa.

Próximos passos para Shefa

Segundo o CEO interino, a empresa conta com faturamento anual de R$ 450 milhões, mas deve apresentar um recuo em 2023 em função da cessão da operação leiteira.

“A Shefa conta com capacidade para produzir 30 milhões de litros de produtos, mas atualmente produzimos menos de 1/3 desse total. No entanto, apesar da falência continuada ser pouco conhecida, nós seguimos com a nossa operação e atendendo clientes. Houve apenas uma transição, com a empresa sob uma nova direção”, explica.

De acordo com Migiyama, o foco dessa nova gestão está em aumentar as receitas da Shefa, angariar investidores e ajustar a parte estrutural da empresa.

“O nosso papel é tornar a empresa mais atrativa, de forma transparente e com credibilidade no mercado. Temos os nossos desafios, mas os próximos passos ficam por melhorar nossa eficiência e relacionamento para atrairmos investidores e possíveis interessados na compra da operação da Shefa. A ideia é realizar a ‘passagem do bastão’ de forma que quem assuma possa dar continuidade nos trabalhos”, comenta.

Por fim, Migiyama destaca que o principal desafio fica por comunicar colaboradores, parceiros, investidores e clientes que a Shefa continua com a sua operação e não fechará suas portas, além da acomodação das dificuldades financeiras da empresa.

 

 

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